










Dia nacional e mundial de combate ao trabalho infantil
Gestão: Não se render, nem recuar - O CRESS em todo lugar.
Autor:

A Exploraçao e super-exploração do Trabalho Infantil no Brasil e no mundo, ainda é uma realidade cruel e desafiadora para as Instituições/Movimentos/Organizações, que atuam na sua erradicação. No caso do Brasil, com fortes elementos do período escravocrata, alguns avanços ocorreram, mas ainda insuficientes. Em 2016, o IBGE, ao modificar sua metodologia de coleta de dados, excluiu crianças e adolescentes que trabalham “para o próprio consumo”, ou seja, considera que a infância que contribui na renda familiar, não estaria nesse contexto de exploração do trabalho infantil. O que pode ser uma desconexão com a realidade. Essa decisão vai na contra mão dos compromissos do Brasil para arradicar até 2025, A Exploração do Trabalho infantil em suas formas mais degradantes conforme a Convenção 138 da OIT.
Como fator agravante, a ausência/ineficiência de políticas públicas que deveriam investir no combate à desigualdade, na busca da eqüidade , enfrentamento ao racismo , melhoria de condições de moradia digna, renda , acesso a educação, segurança e saúde de qualidade, atrasam e inviabilizam a proteção integral com absoluta prioridade ao desenvolvimento infantil.
A divida secular com a Infância, a naturalização da violência, o afastamento cada vez maior da responsabilidade do Estado em relação às várias fases do desenvolvimento da criança, acabam traduzindo-se em constantes violações de direitos. Tais dimensões se aprofundam no contexto do atual cenário político. O Fórum Nacional de Erradicação do Trabalho Infantil, revelou que 94% das crianças nessa situação, são meninas; e 73% destas, são negras. São dados que desafiam e expõe a urgência no enfrentamento dessa realidade devastadora de futuros.
Então, mediante todos esse contexto, o Conjunto Cfess/Cress, manifesta entre suas bandeiras de lutas a erradicação do Trabalho infantil. É preciso que cotidianamente as/os profissionais reafirmem a necessidade de não permitir a invisibilidade das crianças e adolescentes que vivem em situação de trabalho degradante . A/o assistente social que insere em seus espaços operacionais tantas dimensões, tem compromisso nesse enfrentamento e erradicação do Trabalho Infantil e pode ser parte da luta e defesa para a ampliação de investimentos nos serviços da rede pública, que priorize os direitos da criança e do/a adolescente, inclusive no aspecto da intersetorialidade. É fundamental e urgente. A infância não pode esperar.
“Miséria soa como pilhéria .
Pra quem tem a barriga cheia, piada séria
Fadiga pra nóis, pra eles férias
Morre a esperança
E tudo isso aos olhos de uma criança (Emicida- O Menino e o Mundo)
Gestão 2020/2023
Não se render, nem recuar - o CRESS em todo lugar